Erros comuns dos empresários ao realizar corte de custos em tempos de crise

Em um cenário de crise, a alternativa mais encontrada por diversos empreendedores é a redução de custos. Foi assim em 2008, em 2017 e agora a história se repete em 2020. Entretanto, reduzir custos sem critério pode deixar o negócio muito mais vulnerável às consequências da crise, podendo representar a falência da empresa.

Para evitar que isso aconteça, é muito importante que a gestão da empresa entenda quais são as questões mais importantes para o negócio, bem como os pontos que menos impactam no funcionamento do mesmo.

Abaixo, listamos os 4 erros mais comuns dos empresários na hora de reduzir gastos e como eles podem impactar no seu negócio. Confira:

1. Igualar a porcentagem de corte em todas as áreas

É verdade que a redução de custos deve ser um esforço conjunto em todos os setores da empresa, entretanto, definir a mesma porcentagem de corte para todas as áreas pode representar um tiro no próprio pé.

Em toda empresa é normal que haja um departamento cujo índice de desperdício é maior, assim como existem setores indispensáveis na empresa. Analisar a lucratividade a longo prazo, considerando a importância de cada setor para o bom funcionamento do negócio é crucial para a sobrevivência de uma empresa em meio ao caos de uma crise. O importante aqui é conseguir fazer escolhas que sejam realmente efetivas.

2. Apostar em demissões sem analisar o custo por colaborador

Existem alguns casos onde a escolha pela demissão é inexorável, porém essa não pode e nem deve ser a única solução para salvar o seu negócio.

É necessário, antes de tudo, analisar com cuidado as finanças da companhia. Isso porque, todo processo de demissão implica com custos de rescisão e outros valores previstos pela legislação trabalhista cujos os quais muitas vezes a empresa não comporta, levando o negócio ao vermelho.

Além disso, em casos de demissão em massa - um dos mais graves erros dos empreendedores - a probabilidade de você estar desperdiçando bons profissionais que poderiam te ajudar a sair da crise é grande. Também, o clima de pânico gerado pelas demissões pode afetar diretamente no desempenho daqueles que ficam, diminuindo sua produtividade - tudo o que você não precisa em um momento de crise.

3. Encarar o colaborador como uma despesa

Essa dica é simples e direta: assim como não vale a pena reduzir custos em setores que são fundamentais para o sucesso da empresa, não é indicado que se corte os benefícios oferecidos aos colaboradores. Colaboradores felizes são mais produtivos e um corte repentino desses certamente criará descontentamento da mão de obra e você, provavelmente, vai perder talentos preciosos do seu time. Direta ou indiretamente isso vai impactar na produção e operações da empresa te levando mais e mais para baixo.

Não enxergue seus colaboradores como uma despesa. Mais cabeças pensam melhor do que uma e a solução dos seus problemas pode estar no seu time.

4. Diminuir os investimentos em marketing

Equivocadamente um dos setores que mais sofre com redução de custos é justamente o setor que pode ajudar a empresa a passar pela crise. Marketing e comunicação são, em 99% dos casos, os primeiros setores a terem verbas cortadas. O que é uma contradição gigante para um empresa que está passando por dificuldades. Cortar estes setores significa inviabilizar a prospecção de novos clientes e afeta, até mesmo, o relacionamento com clientes antigos, enfraquecendo a fidelização destes já que esquecerão da sua marca em um curto espaço de tempo, afinal “quem não é visto, não é lembrado”.

Numa situação de crise é preciso encarar esses setores como auxílio para o time de vendas, assim você consegue ponderar e escolher o tipo de redução que mais se adequa a esse setor.

5. Reduzir a qualidade de entrega ao cliente

De todos os erros que comentamos acima, nenhum deles pode ser mais grave do que fazer cortes a um nível que comprometa a qualidade do seu produto/serviço com o cliente.

Independente do segmento de atuação, o consumidor deve ser a prioridade da empresa e todos os cortes a serem analisados devem partir da seguinte pergunta: o meu produto/serviço vai ser impactado de modo a perder a qualidade de entrega? Se a resposta for sim, desista. Quando uma empresa oferece algo diferente daquilo que ela vinha entregando ao cliente, o consumidor entende que o que ele está recebendo não está de acordo com ele aceitou receber pela quantia paga à sua empresa. A consequência disso é a crescente perda de clientes e a dificuldade em atrair novos clientes para a casa. E quando menos cliente, menos receita.

A saída para a empresa, nesse caso, é: realizar as reduções de custo necessárias, garantindo um custo de produção menor mas entregando o seu produto/serviço com os mesmos padrões e características que o consumidor já está habituado.

Reduzir custos empresariais em um contexto de crise é necessário, mas é essencial que o empreendedor tenha uma equipe especializada perto de si para conseguir fazer a análise de cortes e planejamento financeiro com sabedoria, assim tanto o seu negócio quanto a sua imagem não são prejudicados.

Além dos quatro erros citados acima, o brinde fica para a maneira como muitos empreendedores lidam com o caixa da empresa: encará-lo com amadorismo. É crucial, em um momento de crise, saber analisar e entender o fluxo de caixa e o ciclo de vendas da empresa, além de realizar mapeamento dos desperdícios. E essas são ações que só empresas que possuem um financeiro fortalecido conseguem executar.

Aqui na Ampulheta nós oferecemos o serviço de terceirização do setor financeiro que vai desde uma consultoria especializada até a análise de oportunidades de investimentos para a sua empresa. Consulte nossos serviços através do link: https://www.ampulhetagestao.com.br/servicos